Para aqueles que, assim como nós, acreditam no poder de uma boa história de amor — e que talvez ainda não tenham ouvido todos os pequenos detalhes dessa jornada — este texto é dedicado com muito carinho.
Tudo começou em 08/01/2020, quando conversamos pela primeira vez. Na beira-mar de Balneário Camboriú, estávamos com alguns amigos que também conheciam um ao outro. Conversamos, rimos e tomamos alguns drinks juntos. Para qualquer um, nada demais aconteceu. Mas, o Allan, claro, já estava ali derretido.
Alguns dias depois, nos reencontramos em Cascavel mais algumas vezes. E, sim, o Allan permaneceu firme na friendzone. Até que, em 05/02/2020, na festa de despedida antes do Allan se mudar para Curitiba para o cursinho pré-vestibular, algo finalmente mudou: foi naquela noite que aconteceu o nosso primeiro beijo. A partir dali, continuamos conversando por mensagens… até que, menos de um mês depois, com a correria do cursinho, o Allan acabou deixando de responder a Ana (pois é… vacilou).
Mas, Deus sempre encontra um jeito de alinhar o que é para ser. Com a pandemia, o Allan voltou de Curitiba para Cascavel e, como muitas famílias naquele período, adotamos um cachorro — o famoso Oliver. E foi justamente por causa de uma foto do Oliver que o Allan encontrou uma nova desculpa para puxar conversa.
Nos primeiros dias, a Ana tinha certeza de que não daria muita atenção ao Allan — e muito menos imaginava aceitar um segundo encontro. Porém, logo marcamos de passear com Oliver, e esse passeio acabou virando o primeiro de muitos. Aos poucos, os encontros foram se tornando parte do cotidiano, criando sentimentos, paixão e, por fim, amor.
No dia 08/08/2020, era aniversário da Ana, e o Allan conheceu os pais dela. No dia seguinte, era Dia dos Pais e, após o almoço, foi a vez da Ana conhecer a família dele. De repente, em tão pouco tempo, o que era apenas “nós dois” já se entrelaçava com quem mais amávamos. Era como se Deus estivesse costurando, com delicadeza, cada detalhe para que tudo acontecesse no tempo certo.
Na semana seguinte, no dia 14/08/2020, o Allan foi convidado para uma “noite de pastel” na casa dos pais da Ana — e ali, com um buquê de rosas nas mãos e uma cartinha escrita com o coração, pediu a Ana em namoro. A partir dali, tudo fluiu naturalmente: cada um conhecendo a família do outro, os amigos, as rotinas… e o nosso sentimento crescendo, silencioso e bonito, dia após dia. A Ana estava no terceiro ano da faculdade e o Allan ainda vivia a intensidade do pré-vestibular. Por muito tempo, o nosso dia a dia seguiu entre horas de estudo e, nos fins de semana, aqueles instantes preciosos que aproveitávamos ao máximo juntos.
No início de 2021, vivemos um período de namoro à distância. Com a melhora temporária dos números da pandemia, o Allan voltou a Curitiba para estudar com maior foco. Foram meses marcados por saudade, longas ligações de vídeo e viagens de ida e volta entre Cascavel e Curitiba, sempre cheias de expectativa e vontade de diminuir a distância.
Até que, em agosto de 2021, o Allan foi aprovado na faculdade e se mudou para Toledo — pertinho de Cascavel. Com isso, a nossa convivência se tornou mais frequente e, principalmente, mais cheia de encontros que marcaram nossas vidas: jantares com amigos, almoços de domingo, festas em família e tantas outras ocasiões que nos permitiram criar laços com todos ao redor. Por isso, ter a presença de cada um de vocês em nosso casamento significa tanto para nós. Cada abraço, cada conversa, cada memória compartilhada ao longo desses anos fez parte da construção da nossa história de amor. Celebrar esse momento é celebrar, junto com vocês, tudo o que vivemos.
Em 2022, a Ana, no último ano de faculdade, iniciou o “aprimoramento hospitalar” no Hospital São Lucas — uma verdadeira prévia da intensidade que seria a residência. Foram meses de plantões além da carga horária habitual, incluindo finais de semana. E foi justamente nesse período desafiador que começamos a revelar, um ao outro, o tipo de parceria que estávamos construindo: apoio verdadeiro, presença mesmo na correria, encontrando maneiras de tornar o dia do outro mais leve. Em dezembro daquele ano, a Ana colou grau e tornou-se oficialmente fisioterapeuta. Poucos meses depois, em março de 2023, a Ana iniciou a residência de Fisioterapia Hospitalar no HUOP, em Cascavel, onde viveu dois anos intensos — exaustivos, mas cheios de propósito e realização.
Foi nesse cenário que o Allan mostrou, com gestos simples e silenciosos, o tipo de companheiro que escolheu ser. Sempre que estava em Cascavel, acordava junto com a Ana antes dos plantões, preparava o café da manhã e deixava prontas as refeições do dia. Pequenas atitudes, mas cheias de intenção — porque amor também é construção: cuidado, presença e dedicação que se renova todos os dias. E assim, percebendo a realidade deste apoio mútuo, leve e amoroso, foi acendendo o desejo de morar juntos.
Mesmo com rotinas tão distintas — Ana na residência e Allan na faculdade — sempre fizemos questão de criar instantes especiais: encontros no meio da semana, jantares depois dos plantões, festas com amigos… tudo aquilo que mantinha o vínculo leve, vivo e cheio de presença.
Em fevereiro de 2025, a Ana concluiu a residência e, com isso, novas oportunidades na fisioterapia domiciliar começaram a surgir. A vida ganhou outro ritmo: mais calmo e equilibrado, permitindo que voltássemos a desfrutar de momentos que há tempos não vivia, como encontros e festas de família.
Depois de muitas conversas sinceras, em abril de 2025, decidimos morar juntos em Toledo. Para nós, essa foi uma decisão cheia de maturidade e amor. E, para o Allan, foi impossível não reconhecer o enorme gesto de entrega da Ana: ela escolheu caminhar ao lado dele justamente quando ele estava entrando no “internato” — um período mais exigente, na reta final da graduação. E foi nesta mudança literal de rotina, que percebemos ainda mais como nosso amor é forte, com raízes muito profundas e repleto de empatia. Desde então, vivemos dias incríveis e a construção do sonho que pretendemos selar diante de Deus, no altar.
E, com sinceridade, é impossível não reconhecer: sem a presença amorosa, generosa e constante da Ana, o Allan dificilmente teria conseguido dar conta de tudo — os estágios, os estudos, a casa, o autocuidado e a organização da vida. Provavelmente teria sido um caos. Mas o cuidado diário tornou tudo mais leve, mais bonito e mais possível. E é justamente nisso que mora o encanto do nosso amor.
Sempre conversamos sobre o futuro — casamento, filhos, família. Sonhos que existiam em nossos corações, mas que, por muito tempo, pareciam distantes. Quando começamos a viver juntos, algo mudou: passamos a rezar cada vez mais pelo nosso caminho, nos aproximamos de Deus e da Igreja, e entendemos que não precisávamos esperar um “momento perfeito” ou o fim dos anos de residência do Allan que ainda virão. Em meio a essas orações, o Allan percebeu que era hora de dar um passo importante. Sentiu que estávamos prontos para viver o noivado e construir, com coragem e fé, o futuro casamento. A partir disso, ele começou a imaginar mil possibilidades e rezou em silêncio durante algumas missas de domingo, conversou com seus pais e sogros e, com muito carinho, planejou o pedido para o dia 21/08/2025 — exatamente 5 anos e 1 semana depois do início do namoro.
E foi diante da imensidão e da beleza da Serra do Corvo Branco, em Urubici, que tudo aquilo que antes era sonho e oração se tornou realidade: ficamos noivos.
E assim, após cinco anos de memórias, aprendizados, desafios e fé, chegamos até aqui — prontos para celebrar, diante de Deus, o amor que escolhemos viver todos os dias. Este é apenas o início de uma jornada que sonhamos trilhar juntos, cheia de cumplicidade, alegria e entrega.
Com carinho,
Ana e Allan